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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

MADEIRAS

As madeiras de resinosas provêm de árvores coníforas e são, geralmente, madeiras brandas. A madeira de resinosas pode adquirir-se nas estâncias de madeira serrada ou aparelhada. A serrada tem as superfícies ásperas, pois obtêm-se imediatamente após o corte à serra sem qualquer outro preparo. Devido à retracção, a madeira serrada pode variar ligeiramente quanto às suas dimensões originais. A madeira aparelhada é analisada á máquina para receber depois o preparo final. A plaina reduz as dimensões.
Se for absolutamente necessário obter peças com dimensões rigorosas, deve adquirir madeira aparelhada com as medidas finais desejadas.

As madeiras de resinosas deterioram-se rapidamente ao ar livre, pelo que devem ser protegidas com produtos preservadores ou pinturas. Para estruturas de cobertura ( asnas, madres e vigas ) ou locais com humidade ou condensação, deve encomendar-se madeira de resinosas preparada quimicamente contra o apodrecimento e o ataque de insectos.
As madeiras de resinosas aparelhadas, utilizadas em pavimentos, paredes e tectos, precisam de ser protegidas contra a incrustação de poeiras, o que se consegue com um acabamento de verniz transparente.
Ao adquirir madeira, prefira a que foi submetida a um correcto processo de secagem e esteja convenientemente empilhada.

APLICAÇÃO DA MADEIRA

A madeira tem inúmeras aplicações, utiliza-se para o fabrico dos móveis de casa da escola na construção cívil em veículos de transporte na construção móvel indústria química, na montagen de muros de suporte das minas no fabrico de cabos das ferramentas que utiliza e ainda nos trabalhos manuais para poder realizar jogos didáticos brinquedos etc.

SECAGEM DA MADEIRA

A secagem da madeira tem como finalidade principal retirar-lhe a maior quantidade de água possível. A secagem da madeira pode ser feita por mais processos:NATURAL – exposição ao ar da pilha da madeira.ARTIFICIAL – madeira empilhada em estufa ou por ventilação mecânica.A secagem natural apresenta como inconvenientes.A exigência de grandes espaços ao ar livre.Secagem mais lenta não podendo a madeira ser utilizada imediatamente.A madeira é susceptível de ser atacada por fungos e insectos durante a secagem.A secagem artificial apresenta como inconvenientes.Processo de secagem muito dispendioso, economicamente.As madeiras perdem as suas características (flexibilidade, cor...) Escurece o tom das madeiras.Origina algumas manchas em certos tipos de madeira.

OBTENSÃO DA FOLHA DE MADEIRA

A folha de madeira permite-nos dar um acabamento de acordo com o trabalho realizado. Assim tanto os aglomerados como os contraplacados podem ser folhados com folha obtida dos diferentes tipos de árvores (carvalho, castanho, mogno, cânfora e etc).

DERIVADOS DA MADEIRA

CONTRAPLACADO – é constituído por um número impar de folhas colocadas umas sobre as outras, sobre pressão, ficando a meio de cada uma dessas folhas colocadas segundo ângulos determinados é simetricamente em relação á folha central.AGLOMERADO – é feito com aparas de madeira e cola. Esta mistura é metida em grandes prensas que lhe dão uma espessura uniforme e analisam a sua superfície. Os aglomerados não servem para todos os trabalhos.CARTÃO PRENSADO – é feito de cascas de árvores misturadas com cola. Como o nome indica, é metido numa prensa, tal como o aglomerado tem cor castanho escuro e só será utilizado em lugares que não fique á vista.

PROPRIEDADES MECÂNICAS

Resistência á compressão – quando a madeira está sujeita ao espaço de duas forças iguais que lhe tendem a diminuir o comprimento.Resistência á tração – quando a madeira está sujeita ao espaço de duas forças iguais que lhe tendem a aumentar o comprimento.Resistência á flexão – quando a madeira está sujeita a vários esforços ao longo do seu comprimento.Dureza – é a resistência que a madeira oferece ao ser penetrada por pregos, parafusos, brocas ou quando é trabalhada com qualquer ferramenta.

PROPRIEDADES FÍSICAS

Textura características visual que cada tipo de madeira possui, atendendo á constituição dos seus elementos.HIGROMETRICIDADE – característica, que a madeira possui de absorver a água  (contração da madeira) e de a perder por evaporação (retração da madeira).COR – é a tonalidade apresentada para cada tipo de madeira (branca, rosada, avermelhada, acastanhada, amarelada)CHEIRO – é característica de alguns tipos de madeira por conterem óleos que lhe dão aroma próprio.ELEXIBILIDADE – propriedade que a madeira possui de se deixar curvar por acção de forças exercidas ao longo das fibras, sem partir.DURAÇÃO – propriedade que a madeira possui ao resistir com maior ou menor facilidade aos agentes mocivos, sem apodrecer.QUANTO Á DURAÇÃO A MADEIRA PODE SER:muito duradoira – duradoira – pouco duradoira – de mínima duração.

PROPRIEDADES E CARACTERÍSTICAS DA MADEIRA

Nem toda a madeira é igual. Cada variedade apresenta propriedades específicas. O aspecto recria em alguns pormenores como a cor e o desenho das fibras. Há madeiras muito duras e resistentes e outras mais brandas e menos resistentes. Se pegar num pouco de madeira, posso verificar que a sua estrutura é fibrosa formada por fibras.As fibras estão orientadas seguem uma direcção determinada, a que faz com que a madeira não tenha as mesmas propriedades em qualquer direcção, isto porque é mais fácil separar as fibras umas das outras no sentido dos meios do que no sentido perpendicular a eles. Esta particularidade que a madeira nos oferece exige que tenha atenção ao desenhar e ao trabalhar com ela.

CLASSIFICAÇÃO DAS ÁRVORES

  As árvores dividem-se em duas classes: Resinosas e Folhosas. Resinosas – são próprias das zonas frias e temperadas, pertencem às melhores e mais apreciadas madeiras de construção pelas suas  características de trabalho e resistência mecânica. Apodrecem facilmente se não forem devidamente tratadas. Folhosas – são próprias de zonas temperadas tropicais. Pertencem às madeiras aptas também para a marcenaria derivado ao seu aspecto, acabamento e qualidade.

OS MATERIAIS

Imagine-se um molho de fios de palha colados uns ao outros.Pois bem, a estrutura de qualquer tipo de madeira é semelhante a isso: um conjunto de longas células tubulares, organizadas em grupos, que formam fibras, dispostas no mesmo sentido e bem próximas umas das outras.

A SECAGEM

Consiste em eliminar a água da madeira, a fim evitar variações de dimensões, obter maior resistência e evitar a putrefacção.

FAZES DE TRANSFORMAÇÃO DA ÁRVORE

A primeira operação e o abate da árvore, que como se disse, é feito na altura própria e quando as árvores já estão com o tamanho e diâmetro de tronco suficientes para fornecer uma boa madeira.Depois do destaque, as árvores são transportadas para a serração. Na serração os troncos de árvores são colocadas ao ar livre, uns sobre as outras, sobre custaneiras (troncos de árvores de fraca qualidade) para uma primeira secagem.

A ÉPOCA DO ABATE DE ÁRVORES

A época própria para o abate das árvores é compreendida entre o começo do Outono e o começo do Inverno. Nestas estações, tanto a vegetação como a circulação da seiva são quase nulas.

TIPOS DE MADEIRA

Madeiras Resumo Histórico

História da madeira parte I



































É hoje opinião geral que em 1419, a mando do Glorioso Infante D. Henrique "O Navegador", o Arquipélago da Madeira, que já era citado em 1350 no Libro del Conoscimento e representado em mapas italianos e catalães do século XIV, foi redescoberto por João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, com o fim de suprir as crónicas deficiências do Reino em cereais e também para que servisse de apoio à expansão marítima de Portugal.
Assim, desde o século XV, a Madeira desempenhou um importante papel nas grandes descobertas portuguesas, tornando-se também famosas as ricas rotas comerciais que ligavam o porto do Funchal a todo o Mundo Atlântico.
Foi também na Madeira e no Porto Santo que o mercador Cristovão Colombo aprofundou os conhecimentos da arte de navegar e planeou a sua célebre viagem para a América.
Após o Arquipélago ser dividido pelas capitanias do Funchal, de Machico e do Porto Santo, iniciou-se em 1425 o povoamento organizado e durante algumas dezenas de anos a produção cerealífera foi um factor de riqueza e crescimento, chegando os madeirenses a explorar 150 grandes fazendas, que produziam mais de 3.000 moios de trigo, na sua maior parte exportado para o continente e para as feitorias portuguesas do litoral Sacariano e Guineense.Todavia, a partir dos últimos decénios do século XV, a Coroa e os dirigentes insulares passaram a dedicar-se, predominantemente, ao cultivo da cana-de-açucar e à exportação do "ouro branco" para toda a Europa; sendo utilizados escravos nos trabalhos dos canaviais e engenhos, trazidos das feitorias portuguesas de África.
O primeiro engenho mecânico movido a água foi inventado pelo madeirense Diogo de Teives, o que determinou um forte aumento da produção, que em 1506 chegou a atingir as 230.000 arrobas anuais.
Este ciclo do esplendor açucareiro foi a época de maior desenvolvimento económico e cultural da Madeira, que se tornou conhecida em todo o Mundo civilizado.
Ainda hoje os nossos museus guardam abundantes e preciosas obras artísticas desse período e os madeirenses orgulham-se do Museu de Arte Sacra do Funchal possuir uma das mais representativas colecções mundiais de pinturas flamengas, provenientes de Bruges, Antuérpia e Malines.
Também ainda restam notáveis testemunhos arquitectónicos, tais como a Sé do Funchal a Igreja e o convento de Santa Clara, as Igrejas da Calheta, de Santa Cruz e de Machico, as capelas dos Reis Magos, da Encarnação e do Corpo Santo, bem como alguns vestígios da Alfândega Velha e janelas manuelinas guardados no Museu da Quinta dos Cruzes.
Porém, a partir dos últimos decénios do século XVI, a exportação do açucar sofreu forte recessão, determinada pela quebra da produtividade dos solos, pelas doenças que contaminaram os canaviais e sobretudo pela baixa dos preços resultantes da concorrência do açucar produzido no Brasil, onde os madeirenses tinham introduzido as técnicas e até mão-de-obra especializada.
Assim, durante grande parte do século XVII, o Arquipélago da Madeira sofreu uma crise económica e social, muito embora o porto do Funchal mantivesse o tráfego comercial para África, América e India e também tivesse importância a exportação de doçarias e da famosa casquinha feita a partir do limão, da cidra e doutros frutos cristalizados numa calda de açucar.
Em 1580 Portugal e a Madeira ficaram sobre o domínio de Castela. Todavia em 1640 foi restaurada a independência, seguida do casamento da nossa Infante D. Catarina de Bragança com Carlos II da Inglaterra.
Foram então outorgados diversos contratos com os britânicos que favoreceram a exportação dos Vinhos Madeira para Inglaterra, Indias Ocidentais e colónias inglesas da América; e a partir dos últimos decénios do Século XVII, a Madeira conheceu outro período de crescimento económico e cultural, sendo que o seu excelente vinho voltou a tornar a Ilha famosa em todo o Mundo.
Rapidamente a produção alcançou as 45.000 pipas, das quais eram exportadas uma média de 30.000 pipas anuais.
Esta prosperidade do chamado ciclo da vinha, reflectiu-se também nas Artes e na Arquitectura.
Construiram-se as típicas residências dos séculos XVII e XVIII, com os seus "óculos de cantaria", varandas de ferro forjado, torre, mirantes, balcões e o lagar cocho no rés-de-chão; das quais ainda hoje abundam belos exemplares nas ruas dos Ferreiros, Bispo, Santa Maria e ainda nalgumas quintas dos subúrbios do Funchal.
Ao mesmo tempo nas Igrejas, Capelas e Solares, assistiu-se à afirmação do gosto barroco e da talha dourada, sobre o gosto flamengo e o mudejarismo, de que escolhemos como exemplo a Igreja de S. Pedro e a fascinante Igreja do Colégio edificadas no Funchal.
Todavia, a partir dos primeiros decénios do Séc. XIX, o Arquipélago da Madeira voltou a conhecer outra recessão económica, em virtude do fim das guerras napoleónicas e a consequente restauração da paz na Europa, tendo-se modificado os hábitos de muitos consumidores ingleses, que passaram a preferir o xerêz e os vinhos do Porto; tudo agravado pelas epidemias do oídio e da filaxera que destruíram grande parte das plantações de vinha madeirense.
Com a vitória dos ideais liberais contra o absolutismo, as novas autoridades madeirenses realizaram reformas económicas para lutar contra a crise e encetaram a construção das maravilhosas levadas do Rabaçal, do Juncal, do Furado e da Feijã dos Vinháticos.
Com esse aumento do regadio, cresceu a produção de cereais e de outros productos alimentares e os madeirenses voltaram a desenvolver plantações de canaviais e a incrementar a exportação do açucar e da banana.
Ao mesmo tempo foi-se desenvolvendo a produção e exportação dos célebres bordados madeirenses e dos típicos móveis e cestos de vimes.
Finalmente a indústria do Turismo também cresceu bastante, inicialmente através do Turismo Terapêutico. De facto, a partir de meados do Séc. XIX, uma série de médicos ingleses e alemães, recomendaram a amenidade do clima madeirense, como um possível remédio para as doenças pulmonares e muitas pessoas procuravam o Arquipélago da Madeira .
Depois e já no nosso Século, com a construção do aeroporto, com o aumento do porto de abrigo e com a construção de estradas ligando todas as regiões da Madeira, desenvolveu-se o Turismo Industrial e hoje a Madeira é conhecida em todo o mundo pela diversidade das suas espantosas belezas naturais, pelo magnífico clima e sobretudo pela excelente qualidade dos serviços turísticos e da simpatia da sua população.

O uso da madeira no decorrer da história

Os primatas, nossos antecessores utilizavam-se das árvores como moradia. Estas os abrigavam o suficiente, porém as grutas ou as moradas construídas (tocas, cabanas,...) se tornaram mais eficientes para os moradores. Nestes tempos a madeira já era utilizada como material de construção. Pilares e vigas foram descobertos na pré-história em várias civilizações, antes do fogo.
   Não podemos falar do uso da madeira sem especificar cada civilização. Cada clima, terreno, cataclismos que determinavam um método diferente no uso da madeira. O ser humano viu neste elemento uma fonte de intermináveis aptidões. A madeira flutua, portanto os primeiros barcos surgiram dela e se aprimoraram com o tempo. É fácil de trabalhar, logo utensílios domésticos, ou de trabalho, móveis, e esculturas, ... Cada local com os seus tipos de árvores, adaptou suas necessidades ao que lhe era disponível. A madeira era utilizada pura ou combinada com outros elementos como o barro, a palha, a pedra, o ferro,...
   Algumas civilizações onde o uso da madeira na arquitetura se destacou de formas diferentes: O Extremo Oriente, com uma arquitetura leve e que é feita para suportar os terremotos freqüentes, portanto é feita de encaixes frágeis mas resistentes. Já a arquitetura Norueguesa é caracterizada pela largura das paredes capazes de isolar o frio, uma macividade na construção, bem diferente da Oriental, porém muito interessante o diferente tipo de uso.

Extremo Oriente
   As civilizações orientais levam consigo a fama de “mistério”, do “desconhecido”, de crenças fortes, uma cultura rica que permanece praticamente intacta. Em alguns lugares podemos ter a impressão que globalização não existiria nunca nestes locais. Pois a cultura enraizada é muito forte. Por isso a História da Arquitetura Oriental ainda é pouco conhecida. Os cataclismos ajudaram muito a ocultar o passado, e dificultar a datação das obras (pois depois de incêndios, ou terremotos,...), com todos os cataclismos que as cidades tiveram (e têm) que passar, e ainda que mesmo destruído os orientais possuem o dom de reaproveitar (os elementos se mantêm, e por isso fica difícil datar alguma coisa). A madeira exposta à variação climática pode não se perpetuar, porém temos alguns exemplos de construções japonesas que datam de 670 e 714. Nessa arquitetura o que é mais valorizado é o térreo (símbolo da terra), e o telhado (símbolo do céu). Dos países orientais o que mais se destaca é o Japão no extremo oriente. Pelo fato de ser isolado pelo mar e pelo oceano, este complexo de ilhas tornou-se impenetrável, logo conservou-se por muito mais tempo. Tendo como arquitetura inicial a chinesa e a coreana, manteve-se fiel (enquanto que os outros não).

Civilizações Européias
   Uma arquitetura marcante em madeira, é a Norueguesa, onde há muitas florestas, e o clima é frio. Os habitantes dali utilizavam a madeira como principal elemento construtivo devido ao seu caráter de isolante térmico. Além das casas os Vikings (civilizações anteriores da mesma região) utilizavam a madeira na construção de seus barcos: Drakkars. O estilo mais utilizado nas casas Norueguesas é o “laft”, onde as paredes são erguidas com troncos empilhados horizontais de madeira. O isolamento total era obtido com ripas coloridas entre os troncos, ou uma pasta elaborada (nas casas mais pobres). A casa permanecia inabitada por um ano aproximadamente para que os troncos se assentassem uns nos outros, o que fazia com que as casas perdessem alguns centímetros de altura. As esquadrias são colocadas depois.

História da Madeira no Brasil
  Antes da chegada dos colonizadores portugueses as terras Brasileiras estavam totalmente cobertas por florestas e matas (praticamente virgens). Os únicos homens que habitavam esta área eram os Índios. Estes usufruíam do espaço de uma forma muito diferente da Européia. A derrubada de árvores, por exemplo se dava em escala muito pequena, e em áreas pequenas. Apenas o espaço suficiente para montar uma aldeia e cultivar a terra. A madeira extraída era utilizada nas edificações e nas fabricações dos meios de transportes. A enorme variedade de espécies “arbóreas” permitia inúmeros usos: tinta, canoas, vigas, pilares, armas de caça, instrumentos musicais, instrumentos de trabalho,... Com a chegada dos Portugueses a extração da madeira se tornou uma atividade econômica altamente rentável (já que no início a colônia não descobriu as riquezas minerais do Brasil) - a madeira se tornou o principal produto de exportação). Além do valor econômico da madeira a nova população utilizava-se dela para elevar suas cidades e construir seus meios de transportes. A arquitetura inicial era basicamente feita com madeira, utilizando as técnicas indígenas locais. Como os índios (muitos deles ) foram escravizados, pode-se compreender o porque de tanta miscigenação arquitetônica no período colonial. Pois as formas eram praticamente européias, porém as técnicas construtivas em madeira, e o vasto conhecimento das possibilidades desta, era indígena. A colônia inseriu seus utensílios de trabalho, suas crenças, seus formatos de cidades, mas manteve o material e as técnicas locais. Os carros de boi, carroças, barcos maiores, casas maiores,... utensílios domésticos ferramentas e armas eram elaborados de acordo com os europeus. Com o tempo, a extração da madeira além de servir como produto de exportação servia como matéria prima para a produção de energia. O que fez com que a devastação fosse bem mais acentuada. A madeira deixou por um bom tempo de ser utilizada nas construções para ser queimada nas embarcações que passavam pelo litoral brasileiro. Na arquitetura ficou rebaixada à estrutura, e as casas tendo o adobe e a taipa, como revestimento. Como pôde-se ver a madeira esteve sempre muito relacionada com a colonização tanto que o nome do país se deu por causa da madeira que produzia os pigmentos vermelhos exportados para o mundo, o Pau-Brasil.

História da Arquitetura em madeira em Santa Catarina
   A ocupação no território Catarinense, foi muito diferente do Rio de Janeiro e Nordeste. A colônia se firmou mais nestes locais e deixou o resto do território entregue a pequenos grupos de colonizadores. Por isso houve uma atividade agrícola reduzida, e um papel de defesa de território ao invés de ocupação (como no caso das outras áreas citadas). Com isso a mata foi mais preservada. Apenas no séc. XIX é que a agropecuária se estende e desmata o estado, e com ele as matas de Araucária. A chegada das colônias alemãs, Italianas, Suíças, Austríacas também modificou o território e a arquitetura. “As primeiras construções vão ser feitas com a madeira do desamamento, através de uma arquitetura provisória, com cobertura a vegetal, para durar quatro ou cinco meses. Passada esta etapa, onde não se poderia perder muito tempo construindo a casa em função da necessidade de limpar a terra e plantar alimentos, começava-se a construção de uma segunda casa, enquanto esperavam a colheita. Essa segunda casa ainda era provisória, mas o trabalho de madeira já era mais apurado. Havia então uma arquitetura em madeira feita com peças falquejadas e tábuas rachadas, e uma arquitetura em madeira também, mas já misturada com taipa de mão, às vezes adobe, já definindo uma estrutura e uma tipologia construtiva que, de certa forma, vai ser largamente aplicada na casa definitiva, ainda na primeira geração de imigrantes.” (Revista de Arquitetura, SINTESE, pg. 22) Alguns colonizadores eram os “Vendeiros” que possuíam capital, carro de boi, ferramentas,... também aumentaram seu capital consideravelmente ao vender madeiras extraídas nas devastações feitas pelos colonizadores. Extração para limpeza dos terrenos de plantio, implantação de estradas de ligação (planalto e litoral).
Muitos vendeiros enriqueceram com esta função, e com isso surgem outras formas de comércio - o madeireiro que em seguida se tornou um dos principais em Santa Catarina. A madeira passou a ser extraída para fins elétricos, construtivos, industriais em geral. A madeira tem então um papel importante na economia da região. No início do séc. XX até meados de 50 “Santa Catarina vai viver o auge dessa economia centrada na madeira, tendo-se a partir de então, um processo acelerado de esgotamento de nossas reservas.” (Revista de Arquitetura, SÍNTESE, pg. 25) Na arquitetura podemos ver os diferentes métodos de utilização da madeira conforme cada região, e colonização. No litoral catarinense tem-se uma técnica construtiva vinda dos açorianos. Esta se baseia principalmente no uso da taipa e do tijolo. E a madeira fica apenas como esquadria, estrutura, assoalho, forros,... No planalto dependendo da origem da colônia, a madeira era trabalhada de diversas formas. O alemão opta por uma arquitetura onde a madeira aparece como estrutura aparente através do enxaimel. Geralmente é utilizado uma estrutura de madeira preenchida (por dentro) com tijolo cozido ou adobe. A arquitetura das colônias italianas, mantêm as características trazidas de seu país de seu país de origem. Com pedra e tijolo, a madeira serve mais como um elemento estrutrual de cobertura e para vãos

CASA DA MADEIRA

Localizada a Perimetral Trancredo de A. Neves, n.1948 - Fones (44) 3017-1567 / 3017-1568 - Elias 44 - 9988-1322. Em frente a Retifort - CEP 87303-040 - Campo Mourão - PR. email. casadamade@uol.com.br